Por Marcos Vinicius Wanderlei – via Setor Juventude Diocese de Santo André
Muitas são as polêmicas em torno do aplicativo Pokémon Go, seja em âmbito social ou dentro do contexto religioso.
Nas ruas, trens, pontos de ônibus, mídias sociais, em casa, nas igrejas e assim sucessivamente, é inegável que se trata de um dos assuntos mais comentados.
Ao tomarmos a sociedade em sua totalidade, podemos inferir que o app divide opiniões, da mesma forma ocorre dentro do contexto religioso.
Alguns sites seculares e também católicos expressaram-se diretamente contrários, outros se colocaram em posição oposta, incentivando o uso do aplicativo vendo nele a possibilidade de ajudar pessoas com depressão, tal como defende o pesquisador e especialista em saúde mental, John Grohol.
Assumindo um posicionamento ou outro, as críticas têm sido veementes. Mas tais críticas são negativas? Porque elas ocorrem?
As críticas são extremamente positivas, pois demonstram justamente que somos diversos, que não há posicionamentos homogêneos, justamente por isso, tais posicionamentos distintos, uma vez bem acolhidos, podem e devem fomentar uma verdadeira reflexão considerando os dois lados.
O posicionamento cristão deve ter como mote o equilíbrio, sem extremismos seja para um lado ou para outro, sem canonizar ou demonizar algo, até porque coisas não são sem si mesmas, morais ou imorais, éticas ou antiéticas, mas nós enquanto indivíduos é que podemos receber tal atribuição.
Assim sendo, até mesmo aquilo que a priori podemos significar como positivo, pode tornar-se negativo quando há desequilíbrio, quando falta a justa medida, por exemplo, uma religiosidade mal vivida, assumida de forma extremista assim como tantas outras coisas e questões pode gerar consequências nefastas.
Adentrando diretamente ao aplicativo Pokémon-Go… qual o posicionamento correto então? Jogar ou não?
Não iremos dar respostas para estas perguntas, mas lançar luzes para que cada qual reflita.
Como cristãos, nosso ponto de partida de forma resumida é o amor, a Deus e ao próximo, este APP e tantos outros, me atrapalham ou não a viver bem esta realidade?
A Igreja defende a vida sempre, que não devemos colocar nossa vida em perigo, com isso, a forma como tenho usado este e outros APP ou até mesmo vivido diversas situações, tem me colocado em riscos desnecessários?
Deus nos quer bem, felizes e livres, a questão aqui abordada tem colaborado ou não para isto?
O Papa Francisco pediu que os jovens “digam não a droga de pensar só em si mesmos, na própria comodidade. Não se refugiem nos jogos de vídeo ou em telas de computador, no lugar de participar da atividade social e política para criar um mundo mais justo”. Neste sentido, a pergunta permanece, ao usar os jogos e APP’s tenho o equilíbrio necessário, gerenciando adequadamente tudo, para que não negligencie tudo o que o Papa nos pediu?
Enfim, cada qual vai dar sua resposta e que ela seja sincera!
Gostando ou não do jogo, nós enquanto Igreja podemos aproveitar que muitos de nossos templos são pokestops e centros de treinamento de pokémons para acolher muitos jovens que muitas vezes tem ojeriza da Igreja e nos acham “alienados”, “bitolados”, quem sabe aproveitamos a oportunidade de mostrar a alegria da nossa juventude…. TESTEMUNHOS ARRASTAM!!!
Deus sempre consegue tirar o bem do que quer que seja, sejamos instrumentos dele, para desta oportunidade, surgir um grande bem!